terça-feira, 20 de março de 2012

PARTIDOS POLÍTICOS VERSUS CORRUPÇÃO



Analisando a estrutura política do Brasil, descobri que hoje, em nosso país os partidos políticos não passam de instrumentos eficientes da corrupção. É que os corruptos tomam conta de nosso Congresso e de nosso Governo, nas três esferas (municipal, estadual, federal). E se eles são uma espécie de praga impregnada em nosso sistema político, dificilmente existirá algum partido livre dela, caso alguém consiga identificar isso, divulgue, o mundo precisa saber que no Brasil já existe um partido político livre da corrupção! 

Para fechar qualquer brecha nossos parlamentares inseriram no artigo 14, § 3º, V, de nossa Carta Magna, a “filiação partidária” como condição de elegibilidade. Desse modo, só pode ser eleito quem estiver filiado, isto é, quem seja membro, de um partido político. 

Pois bem, os partidos políticos possuem uma estrutura composta de pessoas corruptas e não corruptas, suponhamos. Entretanto, é o partido político quem define as “condições e forma de escolha de seus candidatos a cargos e funções eletivas” (Art. 15, VI, da Lei nº 9.096/95). E se o partido político, composto de pessoas, em sua grande maioria corruptas, define esse tipo de coisa, dificilmente o político honesto terá forças de combater a corrupção dentro do próprio partido e da política como um todo, porque, observe, que os corruptos, através do partido, obrigarão o homem honesto a se submeter às suas práticas corruptas, caso contrário ele nunca terá espaço para se candidatar, pois é o partido, formado de corruptos e alguns poucos que entram na política sonhando com a “não-corrupção” que irá decidir sobre as candidaturas. Os honestos certamente, sempre sairão perdendo, em quantidade dentro do partido, e em virtude da facilidade com que o brasileiro se corrompe diante das ofertas tentadoras da corrupção. 

Por outro lado, se não houvesse a condição da filiação partidária para candidatar-se e consequentemente, eleger-se (ou não), um cidadão, representante verdadeiro do povo, poderia se candidatar e ganhar uma eleição, sem precisar contaminar-se com as práticas dos corruptos. E, assim, quando tomasse posse em seu cargo não estaria aprisionado a favores, aos colegas que o apoiaram, aos outros partidos políticos, ficando livres para nomearem como Secretários, Ministros, pessoas realmente capacitadas para ocuparem tais cargos, não apenas por dívida política, mas por competência e real capacidade de administração, por essas pessoas, de áreas de nosso país, estado ou município. 

É por isso, feita essa simplista e breve análise de nosso sistema político que afirmo que o Brasil deveria retirar a obrigatoriedade da filiação partidária como condição de elegibilidade. Não se importando com o que acontece nos Estados Unidos, na Europa ou em nossos vizinhos sul-americanos, pois o que precisamos é entender, definir e aplicar o que será melhor para o nosso país, de acordo com nossa cultura e modo de ser do povo. Paremos de copiar e importar estruturas que não nos pertencem, nem se adequam à nossa cultura.

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