São nos momentos que pensamos que estamos sós, naqueles dias mais difíceis de nossas vidas, justo neles, é quando melhor podemos observar o cuidado de Deus, e seu grande amor, provando-nos que não estamos sós, em nenhum momento.
O que passo a lhes contar ocorreu em algum momento entre 2011 e 2013.
Tudo começo quando soube de um show na cidade. Na época, sem trabalhar, tive a oportunidade ir ao show porque a entrada consistia em 2 quilos de alimento.
Assim, logo que a notícia do show espalhou-se um grupo de jovens de outra igreja reuniu-se para ir em caravana. Como conhecia quase todos, também me contataram convidando para dividir o transporte. A princípio, até quis ir, mas depois desisti.
Estava muito desanimado, sem muita vontade de fazer qualquer coisa ou sequer sair de casa, ou melhor, do quarto onde habitava.
Mas, de repente, após refletir um pouco, achei interessante sair, seria melhor do que ficar me lamentando por meus problemas sozinho num quarto. Resolvi então ligar para um dos jovens da igreja que havia me chamado, dando-lhe ciência de que resolvera ir também.
Há poucos minutos de ir para o local de onde o veículo sairia, subi ao kit-net de uma tia que, se ausentava aos fins de semana, mas deixava a chave para que pudesse lanchar lá. Então, entrei e procurei 2 quilos de alimento, no intuito de recolocá-los quando fosse possível.
Logo percebi que havia alguns poucos quilos de arroz, e "miojos", bastante! De sorte que resolvi pegar um arroz e substituir o outro quilo por 2 pacotes de macarrão instantâneo. Assim o fez, pois pensei: "além de serem mais caros de um quilo de sal, por exemplo, 2 miojos são melhores, para quem tem fome, do que um quilo de açúcar".
Destarte, me dirigi ao local acertado e fomos para o show, numa casa de eventos chamada Spazzio. Chegando lá, todos entraram, e apenas eu, que ainda não havia trocado os quilos por ingresso, fiquei numa fila para o fazer. Devo dizer que era possível fazer tal troca em alguns estabelecimentos, antecipadamente.
Ao ser atendido, quando abriram a sacola, logo me informaram não ser possível a troca dos alimentos porque não tinha 2 quilos. Argumentei, da forma como pensei e como está descrito acima, que para quem tem fome é bem mais útil macarrão do que sal ou açúcar. Não me ouviram.
Foi então que, diante de tamanha incompreensão e aspereza indaguei: - "Vocês são crentes?", ao que respondem: - Não tem a ver com isso, não pode e pronto, é uma ordem. Insisti, mais uma e outra vez, até que, irritados, responderam (havia um homem e duas mulheres fazendo este serviço de troca de alimentos por ingresso): - Não, somos católicos! Por que?
O que respondi não rotula ninguém de outras crenças, foi uma resposta sincera e espontânea, sem intuito nenhum de ofensa. Disse: - Não, é porque o crente é mais compreensivo, mais empático, se coloca mais no lugar do próximo" (infelizmente isto está cada vez mais raro).
Ao responder isto, se não tivesse uma parede de alvenaria nos separando, certamente teria sido terrivelmente espancado. Após ser esbravejado, sai e disse: - Não tem problema não, vou ficar ali sentado na calçada ouvindo o show, até acabar.
Dessa maneira, me dirigi às catracas para avisar a uma menina que estava me esperando para me levar até o grupo dentro do local que é grande, e em meio a muita gente é difícil se encontrar.
Quando cheguei na catraca, ao me dirigir à posição da menina, que estava por dentro me aguardando, passa na catraca do lado um garoto, com cerca de uns 9, 10 anos, no máximo, ou até menos e diz: - Está precisando entrar é?
Após a pergunta, quase antes mesmo da minha resposta, como se soubesse que estava precisando, logo tira um ingresso do bolso e diz: - Oh, pega essa aqui, achei esse ali no chão. Ato contínuo me entrega o ingresso e entra.
Fiquei boquiaberto, e agradecido a Deus pelo que houve. Senti o cuidado de Deus, pois estava disposto a esperar o veículo, pois não tinha mais dinheiro para voltar só e já tínhamos pago a ida e a volta. Mas Deus mudou o quadro, chegou e me surpreendeu quando mais precisei, naquele momento.
O desânimo passou, a tristeza também, entrei pra me alegrar e me divertir com a comunhão entre amigos, mas não sem antes fazer o que devia...
Assim que entrei, me dirigi à porta onde dava para a sala onde o pessoal dos alimentos estava a trabalhar efetuando as trocas, mas fui barrado pelo segurança que guardava a entrada. Então pedi para que ele entregasse a sacola com os alimentos que havia trazido, e pedi para que lhes dissesse: - Oh, esse alimento foi do menino do miojo que vocês não deixaram entrar, está aqui, com amor e carinho, ele mandou entregar".
Depois disso, não importava mais o show, passei a noite e muitos dias depois alegre, só em pensar que Deus se importa e cuida de mim! Foi uma experiência singular dentre muitas outras que já tive.
Com isto, quero dizer a você, querido leitor, não importam as crises, barreiras ou tempestade que você está a enfrentar, se você tem Jesus em seu coração, Ele estará sempre com você, não te deixa, nem te esquece, não te abandona nem te desempara, ainda que todos, parentes, amigos, conhecidos, o façam, todavia Deus não o faz (Isaías 49.15)!
E se você ainda não conhece Jesus, busque conhecê-Lo. Ele tem vida, alegria e paz para te dar. O jugo dEle é suave e Seu fardo é leve! Ele te ama! De verdade.
Deus abençoe sua vida.
Diego Windsor.
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