"E estava ali um certo homem, chamado Simão, que anteriormente exercera naquela cidade a arte mágica, e tinha iludido o povo de Samaria, dizendo que era uma grande personagem; (...) E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro, Dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo". Atos 8.9,18,19.
A história descrita no Livro de Atos dos Apóstolos retrata a história de Simão, um mágico que achava que poderia comprar o dom de Deus, o poder de Deus.
Simão era um mágico respeitado em Samaria, onde já havia feito muitos truques, enganando o povo, que o considerava como "virtude de Deus".
Ao ouvir o evangelho, por meio da pregação de Filipe, muitos na cidade se converteram, inclusive Simão, tendo sido batizado nas águas. E ao ver que, pela oração e imposição de mãos as pessoas recebiam o Espírito Santo, logo cuidou tratar-se de algum tipo de poder místico ou magia.
Mas, o que Simão não sabia era que Deus é real. Assim, ofereceu dinheiro para poder adquirir também tal poder e impor as mãos sobre as pessoas para que, recebessem o Espírito Santo, pelo que foi severa e asperamente repreendido por Pedro.
Da mesma forma que Simão, muitos hoje tem enxergado o evangelho como negócio e forma de aquisição de renda.
Os cultos não parecem mais cultos. Aquela noção de pessoas prostradas adorando num templo, em silêncio que você imagina ou ouvir a palavra "culto" num contexto histórico, tem se perdido nos cultos evangélicos.
Pregações virando palestras. Cânticos virando shows. Pregadores e cantores que são meros artistas, comediantes, atores... Pastores virando empresários da fé. Igrejas (Denominações) virando empresas. É o contexto em que vivemos, infelizmente.
O mais triste, porém, é que as pessoas não enxerga isto. E quando Deus levanta alguém para alertar sobre a verdade, logo é desprezado e considerado um problema.
Cultuar é adorar, é voltar a atenção, os olhos, a fé, para um só que é Senhor! Os verdadeiros servos levam os ouvintes da pregação ou dos louvores a adorar também a Deus juntamente com ele, e não a ele.
Hoje, se vêem verdadeiros circos, shows e artistas pelas igrejas. Pessoas visivelmente não convertidas, em alguns casos, que se utilizam do evangelho para se promover, e vender os dons de Deus.
Vê-se pessoas que se comportam exageradamente, esbanjam vaidade e orgulho, cuja marca é o egocentrismo. Que se utilizam do evangelho para sua própria honra, glória, louvor e exaltação. Imitam o mundo, trazendo o mundanismo e secularismo para as igrejas com suas modas anticristãs e antibíblicas. Amam a fama e o sucesso, mas esquecem-se da cruz.
Que Deus tenha misericórdia destes e ajude-os a voltar ao primeiro amor, pois, demonstram ter-se esquecido ou nunca ter conhecido o Jesus da cruz.
Importante é discorrer ainda sobre os pastores empresários. Não dão a mínima para as ovelhas, desde que dizimem, podem desviar, cair, sujar-se, perder-se, morrer de fome, de frio, em razão de ataques, e os pastores sequer lembra que existem. Se dão conta da falta de alguém apenas quando os relatórios dos dízimos lhe são apresentados... Lamentável, mas já havia sido profetizado:
"E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita". 2 Pedro 2:3.
Assim como Simão, consciente ou inconscientemente, miseravelmente essas pessoas cuidam que o evangelho é negociável, objeto de comércio. Pelo que, só nos resta orar por nós, para que Deus nos proteja de tal orgulho e por eles, para que reconheçam onde caíram e retornem à prática das primeiras obras, pois que, o evangelho está muito mais relacionado à sofrimento do que à fama, glória e riquezas!
Que Deus nos ajude!
Como e triste ver e houvir pessoas usando o nome de Deus para se promover!
ResponderExcluirComo e triste ver e houvir pessoas usando o nome de Deus para se promover!
ResponderExcluirLamentável mesmo!
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