Hoje no Brasil há uma grande polêmica envolvendo as escolas públicas. É que o Governo Federal, através do Ministério da Educação (MEC), decidiu distribuir nas escolas da rede pública do país uma cartilha intitulada de "Diversidade Sexual na Escola".
Consoante o MEC o objetivo da cartilha é acabar com o preconceito. Mas será que ensinar crianças tudo sobre sexo irá tão somente acabar com o preconceito ou irá torná-las exatamente igual às pessoas que são vítimas desse preconceito?
É sabido de todos que crianças aprendem e imitam tudo aquilo que veem as pessoas fazendo. Até certa idade, elas se espelham nos adultos, necessitando de alguém que lhes seja um modelo a quem possam seguir, um exemplo a ser seguido.
Se a partir das mais tenras idades as crianças começarem a aprender sobre essa diversidade sexual, elas irão crescer achando que podem tudo. Achando que todo tipo de prática sexual é natural, quando na verdade não é.
Hoje se diz que as práticas homossexuais são normais em virtude do silêncio dos que disso discordam e em virtude da influência exercida no mundo inteiro por homossexuais importantes, declarados ou não, dentre eles políticos, artistas, desportistas, intelectuais, acadêmicos, escritores, entre outros. Mas sabemos, todos nós, mesmo os que defendem e praticam tais coisas, que isso não é o natural.
Subtraída a questão de natural ou não, pois cada um é livre para viver como bem entender, há ainda que se falar sobre os malefícios que poderão ser causados com a distribuição dessa cartilha. Ora, para que, falar sobre sexo a alunos menores de 12 (doze) anos. Digo 12 porque é essa a idade em que se passa "teoricamente" da infância para a adolescência.
Crianças dessa idade não precisam saber sobre essas coisas. Elas tem algumas poucas dúvidas, que certamente devem ser tiradas pelos pais, mas de forma sábia, sem falar que essas dúvidas, provavelmente, não serão sobre práticas homossexuais e relacionadas. Parece-nos que o Governo deseja criar uma geração inteira de homossexuais e bissexuais.
Que há diversidade sexual em nosso país, há. Mas não é preciso ensinar as crianças sobre ela. Criança está na fase de brincar, de ser criança. Não está na fase de aprender sobre sexo. Cada coisa a seu tempo! Se querem falar de diversidade sexual, abordem esse tema no ensino médio ou fundamental, pelo menos.
É importante ressaltar ainda que, ao distribuir essa cartilha, o próprio MEC está a praticar discriminação. Pois, porque os "não-heterossexuais" devem ter uma cartilha exclusiva para eles? Certamente aí há ou uma discriminação ou um privilégio.
Na cartilha, por exemplo, se diz coisas como "em que momento da história se decidiu que azul era cor de menino e rosa era cor de menina?" relativizando assim, todos os nossos conceitos. Entendo que a cor é questão de cultura e história mesmo, mas as demais coisas não. A heterossexualidade, por mais criticada que seja hoje pelos não-heteros, continua e sempre continuará a ser a regra. É instinto!
Cabe lembrar ainda que não se esgotam por aí as razões para que não seja distribuída essa cartilha, que parece mais um convite às práticas homossexuais do que mesmo uma cartilha para ensinar.
Se querem acabar com o preconceito, elaborem uma cartilha abrangente, universal, que tenha como foco a NÃO-DISCRIMINAÇÃO, mas em relação a tudo, e para ser distribuída a alunos do ensino fundamental e não da Rede Pública. Que fale sobre não-discriminação a negros, a pobres, a nordestinos*, a evangélicos, a muçulmanos, a estrangeiros, a gordos, a novatos, a interioranos, a ex-presidiários, bem como também aos homossexuais, explicando que discriminação não é legal.
*São frequentes na história do Brasil o preconceito e a discriminação a nordestinos, o que se reflete constantemente no twitter. Sendo assim, porque não criam uma cartilha sobre a diversidade regional?
Essa cartilha sim, com foco na não-discriminação seria aceitável. Para combater discriminação não é necessário ensinar tudo sobre práticas homossexuais, vida de quem pratica, etc. Bastando dizer que cada pessoa é livre para determinar sua vida, de modo que ninguém deve interferir em suas escolhas, salvo os pais, enquanto os filhos estiverem sob seus tetos, pois é dever deles aconselhar e orientar seus filhos. Bem como dizer que não se deve excluir ninguém em razão de sua cor, origem, condição financeira, orientação sexual, etc.
O alvo deve ser a NÃO-DISCRIMINAÇÃO em si, a não-discriminação contra quaisquer pessoas por quaisquer que sejam os motivos, pois cada ser humano possui dignidade pelo simples fato de existir. Essa cartilha sim, seria ideal. E, como dito, para ser distribuída, no mínimo, no ensino fundamental, e não no infantil, como pretendem hoje.
Mas uma cartilha que incute na mente, e não em qualquer mentes, mas na mente de crianças, tudo sobre práticas "não-heterossexuais" perdoem-me, mas não tem outra intenção, a não ser a de transformar todos os seus leitores em praticantes desse comportamento. É perfeitamente visível essa intenção, e ainda que para muitos, ainda esteja encoberta, para mim isso é de uma clareza solar.