segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Urna Eletrônica, 100% segura?


Desde a criação da urna eletrônica ouvimos falar que ela é o que se possui de mais moderno em termos de tecnologia a disposição do processo eleitoral. Mas, até que ponto a urna eletrônica é realmente infalível?

Sabemos que nem sempre o que se veicula na mídia, sobretudo na televisiva corresponde a mais pura verdade, já que a corrupção, infelizmente, é um mal presente em praticamente todos os ramos das atividades nacionais. Além disso, vemos e ouvimos da própria mídia constantemente acerca da criatividade e ousadia dos Crackers em invadir e burlar os mais diversos e sofisticados sistemas de segurança, então quem teria a legitimidade de dizer que criou uma urna eletrônica perfeita e totalmente segura? 

Como o cidadão comum pode ter a prova de que isso realmente é verdade? Gostaria de ouvir uma explicação melhor sobre a segurança das urnas eletrônicas. A simples "fama" de que ela é 100% segura não me convence totalmente. E, mesmo que se pudesse provar sua total segurança, o que garante a honestidade dos manipuladores dessas máquinas? Afinal, alguém manuseia, insere informações e realiza manutenções na urna, alguém tem poder sobre elas.

Não se pode negar a facilidade que a urna proporciona ao eleitor, mas, por outro lado, quando votamos na urna eletrônica temos a sensação de não possuir nenhuma prova material de nosso voto. Queremos dizer com isso que, antigamente, quando os votos eram feitos através de cédulas de papéis, havia uma prova física do voto, embora não se pudesse associar o voto ao devido eleitor, mas a prova existia. Provavelmente a corrupção era muito grande, não podemos negar, mas pelo menos haviam meios de se comprovar materialmente a existência dos votos. Talvez seja por isso que muitos países não copiam a idéia da urna eletrônica brasileira, apesar de tão eficaz.

Assim sendo, para melhorar o desempenho e segurança da urna eletrônica, sugiro uma forma de o eleitor poder provar seu voto, procedimento que acarretaria um pouco mais de despesas, mas em contrapartida garantiria mais credibilidade ainda quanto à eficiência e segurança da urna. 

A urna poderia, por exemplo, emitir um comprovante no momento em que votássemos, como ocorre em estabelecimentos comerciais quando efetuamos uma compra, usamos o cartão de crédito ou pagamos uma produto. E, esse comprovante poderia substituir o atual "comprovante de votação" (papel branco pequeno que se recebe ao término do ato de votar). Por que não? Dessa forma teríamos a garantia de segurança que tanto nos asseguram constantemente na mídia quando se trata da urna eletrônica brasileira e ainda possuiríamos a prova física, material, de nosso voto.

Um comentário:

  1. Nota Importante: Acabo de receber um e-mail através do qual tomei conhecimento de que já existe uma lei, a Lei do Voto Impresso, que irá adaptar as urnas para emitirem um comprovante ao término do voto de cada pessoa. De qualquer forma o texto é válido, porém sem muita utilidade, já que a dica dada já foi concretizada. Em breve comentarei da acertada opção do legislador em criar tal dispositivo legal.

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